O regime cubano censurou uma homenagem à cantora Olga Guillot no Festival de Boleros de Santiago de Cuba, confirmaram fontes próximas ao evento.
O meio independente Diario de Cuba confirmou que a direção nacional da União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC) desautorizou a proposta promovida pelo organizador do evento e ex-presidente provincial do sindicato oficialista, Rodulfo Vaillant.
A publicação destaca que em vez da homenagem a Guillot - conhecida como A rainha do bolero - decidiu-se dedicar a 35ª edição do concurso ao guitarrista Gabino Jardines, recentemente falecido, que acompanhou destacadas figuras do gênero.
"Fizeram o anúncio sem consultar. E depois tiveram que apagar o post do Facebook", disse outra fonte ao referido meio.
No mês passado, a Vaillant anunciou que o festival seria dedicado à célebre bolerista santiaguera, a quem descreveu como "uma das cantoras cubanas mais populares" e "um orgulho" da província.
Na década de 50 do século passado, ela foi a líder entre as cantoras românticas em termos de preferência do público cubano", disse, sem mencionar a censura que a artista sofreu em sua pátria.
Olga Guillot continua "totalmente proibida" nas estações de rádio da ilha há mais de seis décadas, desde que partiu definitivamente de Cuba em 1961.
Recordada pelas suas magníficas interpretações de temas clássicos do bolero como "La gloria eres tú", "Tú me acostumbraste" e muitos outros, concedeu há alguns anos uma entrevista onde tornou públicos o seu amor por Cuba e as saudades da terra que a viu nascer.
Guillot faleceu em 12 de julho de 2010. Ele sofreu um ataque cardíaco enquanto estava presente em um funeral.
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