Cubans evicted from the Havana airport for asking for explanations from the airline Wingo

A companhia aérea disse que, a partir de 8 de julho, passará a exigir visto de trânsito.


Várias pessoas foram removidas do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, por questionarem a companhia aérea colombiana de baixo custo Wingo sobre um anúncio que afirmava que a partir de 8 de julho os cubanos que quisessem voar para Bogotá precisariam de um visto de trânsito.

Um vídeo publicado pelo jornalista Mario J Pentón denuncia que os passageiros da companhia aérea que tinham voos programados foram à terminal 3 para pedir explicações sobre o anúncio, e nenhum representante da Wingo os atendeu. Em vez disso, eles foram ameaçados por militares cubanos que os obrigaram a desalojar o local.

Um tenente-coronel ameaçou nos deter e levar para a estação. A companhia aérea não respondeu, ninguém saiu para dar qualquer explicação. Não sabemos se estamos indo para a embaixada. Boinas pretas entraram, policiais entraram e nos retiraram", disseram os afetados.

Em declarações ao repórter, afirmaram que temem ficar presos na nação caribenha depois de terem comprado os bilhetes.

A companhia aérea respondeu na terça-feira aos afetados através de uma nota publicada no Facebook, na qual explicou que "Devido ao fato de a Wingo operar apenas em circuito fechado, e não oferecer conexões, exige que os viajantes de nacionalidade cubana apresentem um visto de visitante no momento do embarque no voo. Este documento deve ser emitido pelo Consulado colombiano em Cuba".

Resposta da Wingo

A empresa colombiana também afirmou que é importante que o passageiro apresente um bilhete de retorno confirmado para o país emitido pela Wingo.

No entanto, o Consulado da Colômbia em Havana esclareceu que não é necessário visto de trânsito para escalas inferiores a 24 horas.

A rota Havana-Bogotá, Bogotá-San Salvador e San Salvador-Manágua é utilizada por milhares de cubanos para iniciar sua jornada em direção à fronteira sul dos Estados Unidos.

Este incidente ocorre uma semana depois que a companhia aérea Avianca cancelou seus voos e deixou muitos cubanos presos, que haviam vendido seus pertences para iniciar a jornada.

No contexto da crise migratória, os cubanos não têm instâncias para protestar, reivindicar ou exigir o reembolso de seus bilhetes das companhias aéreas ou agências de viagens. Em vez de apoiar suas reivindicações, as autoridades da ilha responderam com repressão.

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