Uma denúncia chocante de maus-tratos infantis a uma criança de apenas dois anos pelas mãos de sua própria mãe no município de Nuevitas, em Camagüey, tem causado consternação em centenas de cubanos nas últimas horas.
Circulam nas redes sociais imagens angustiantes que mostram a criança brutalmente espancada e até mesmo com mordidas nos bracinhos.
"A guarda do bebê está com a mãe dela, mas ela teve que ir para Havana por motivos médicos e o deixou com a garota (porque não se pode chamá-la de mãe)", disse um denunciante em conversa com a ativista Diasniurka Salcedo Verdecia, que tem sido uma das denunciantes mais firmes do caso.
Isso aconteceu no sábado à noite, ela queria sair para se divertir e deixar a criança dormindo, mas a criança não dormia, então ela o fez dormir até ficar cansado", disse a fonte.
Segundo o relatório, durante a agressão, a criança começou a chorar desesperadamente e foram os vizinhos quem chamaram a polícia.
Depois da detenção, a mulher foi submetida a exames médicos, onde testou positivo para o consumo de substâncias entorpecentes.
A responsável por esse ato horrendo foi identificada como Carla Calero Cantelys e estaria livre após o pagamento de uma fiança de 10.000 pesos.
"Esta pessoa" agrediu seu filho, quase o matou e está solta sob fiança. Não, não e não. É de Camagüey. Compartilhem. Justiça", denunciou Salcedo Verdecia, que desafiou as autoridades a fazerem seu trabalho.
Em outra publicação mais recente, a ativista - que atualmente reside em Miami - citou outro testemunho sobre a crítica situação familiar de onde provém a criança.
O pai da criança estaria preso por um caso de "carne de res", somando-se ao fato de que a mãe, acusada agora de grave abuso infantil, foi violada na infância ou adolescência pelo seu padrasto, que está na prisão.
"Nenhum presta", concluiu a fonte, que assegurou que a jovem não está bem da cabeça.
Diasniurka Salcedo repreendeu as autoridades, dizendo ser inadmissível que uma mulher responsável por tamanha atrocidade possa estar em liberdade sob fiança, e que alguém que grite "liberdade!" seja condenado a 14 anos de prisão.
Embora nas últimas horas a denúncia tenha se tornado viral através de ativistas e grupos no Facebook, Diasniurka Salcedo reclamou que em alguns grupos de Camagüey a denúncia foi eliminada.
Além da tímida atuação das autoridades, linchamento social é um fato, já que o perfil no Facebook da mulher acusada de agredir brutalmente seu próprio filho está cheio de mensagens ofensivas.
"O mais belo que eu tenho neste mundo. Eu te amo, meu bebê", pode-se ler ao lado de uma foto publicada por Carla em junho de 2022, que agora está cheia de mensagens a repreendendo pelo grave ato do qual ela está sendo acusada.
Até o fechamento deste artigo, os meios de comunicação oficiais não se pronunciaram sobre a denúncia viral de abuso infantil em Camagüey.
O que você acha?
COMENTARArquivado em: