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Prendem um homem por atirar pedras em um ônibus em Havana.

O autocarro apedrejado era da Terminal El Calvario.

Ómnibus apedreado (i) y Cubano arrestado (d) © Collage Facebok/Empresa Provincial de Transporte de La Habana
Ónibus apedrejado (i) e cubano preso (d)Foto © Colagem Facebook/Empresa Provincial de Transporte de La Habana

Um homem foi preso na tarde desta terça-feira depois de atirar uma pedra em um ônibus estatal em Havana, quebrando o vidro lateral do ônibus, conforme informou a Empresa Provincial de Transporte da capital.

O ônibus afetado foi o 613 da Terminal El Calvario, que foi vítima de uma pedrada enquanto concluía seu trajeto de retorno à base, conforme informado pela referida fonte em redes sociais.

Embora a empresa estatal não tenha especificado, aparentemente apenas o motorista estava no veículo no momento do incidente.

A Empresa Provincial de Transportes não identificou pelo nome o sujeito que foi preso pelo incidente, nem detalhou as circunstâncias da detenção do indivíduo.

No entanto, ele compartilhou uma foto do suposto criminoso, que ele detalhou estar "portando uma arma branca" no momento da prisão.

"Reconhecemos a prontidão na ação da PNR do Capri, que se apresentou no local para deter o indivíduo", acrescentou a fonte oficial, que lamentou o contínuo aumento do número de ônibus afetados pela "indisciplina social".

Seguimos rejeitando este tipo de condutas inadequadas, de pessoas inescrupulosas, que tanto afetam o transporte público", concluíram.

Captura de Facebook/Dirección Provincial de Transporte de La Habana

No espaço de comentários da publicação, vários internautas criticaram este e outros atos de vandalismo semelhantes ocorridos nos últimos meses, que, além de colocarem em risco a vida das pessoas, prejudicam ainda mais o já escasso transporte público na capital.

Cada vez são mais frequentes as denúncias semelhantes, tanto de condutores de transporte público como de motoristas de veículos privados. No caso destes últimos, tais incidentes revelam o desejo dos agressores de roubar.

São comuns, também, não só em diferentes lugares de Havana, mas também em trechos de autoestradas, bem como em outras províncias.

Neste caso, vários comentaristas indicaram que mais do que "indisciplina social", eventos semelhantes devem ser punidos com rigor e tipificados como "crime contra os bens do Estado".

"Que lo ponham a fazer o percurso desse ônibus de ida e volta todos os dias a pé por um tempo bem prolongado para que nunca esqueça o quão difícil é não ter transporte"; "Que pague o vidro do próprio bolso"; "Que todo o peso da lei caia sobre esse elemento", foram alguns comentários.

Não faltou quem classificou o incidente como "bobagem" e recomendou que colocassem o vidro de um dos muitos ônibus parados por outros motivos, comentário que foi criticado por vários internautas, que pediram para não justificar o injustificável nem minimizar um ato de vandalismo.

Em abril, vários autocarros de transporte público de Havana foram alvo de vandalismo depois de serem apedrejados enquanto realizavam as suas rotas habituais.

No dia 7 de abril, uma nota publicada pela Empresa Provincial de Transporte de Havana relatou três casos de apedrejamento em rotas diferentes.

Um na rota A 27 da Terminal Palatino, outro na A62 da Terminal Guanabo e outro na Rota 55 da Terminal La Lisa.

Anteriormente, em 2 de abril, outro ônibus que, nesse caso, cobria a rota A58, também foi apedrejado na Calle Prado, entre as ruas Genios e Cárcel.

É preciso ter em mente que, no início de março, Yunier de la Rosa Hernández, diretor geral de Transportes de Havana, durante um balanço do Ministério dos Transportes (MITRANS), classificou como "complexa" a situação do transporte em Havana e detalhou que mais da metade do total de veículos estavam parados por várias razões.

Naquele momento, 252 equipamentos estavam em funcionamento e 309 estavam fora de operação.

Diante de tais números, a notícia de um ônibus apedrejado em Havana é motivo de indignação, visto que se insere em um panorama já crítico do transporte público na capital.

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