A Unión Eléctrica de Cuba (UNE) continua sem resolver os graves problemas de geração e distribuição de energia entre seus clientes, os quais nesta segunda-feira foram novamente "alegrados" com a péssima notícia de que a semana começa da mesma maneira que a anterior: com apagões em massa.
"Estima-se uma disponibilidade de 2.445 MW e uma demanda máxima de 3.350 MW para o horário de pico, resultando em um déficit de 905 MW. Portanto, se as condições previstas continuarem, é prevista uma afetação de 975 MW neste horário", informou a empresa estatal em suas redes sociais.
Como tem sido habitual desde o início do mês, "no dia de ontem o serviço foi afetado pela falta de capacidade de geração 24 horas por dia". De acordo com a empresa dirigida por Alfredo López Valdés, neste domingo "a maior afetação do dia foi de 1.094 MW às 20h50, não coincidindo com o horário de pico".
Para esta segunda-feira, também estão previstas perturbações durante o horário diurno de até 650 MW. A UNE reportou avarias na unidade 3 da CTE Cienfuegos, na unidade 2 da CTE Felton e na unidade 5 de Rente; bem como manutenções nas unidades 1 e 3 da CTE Santa Cruz e na unidade 1 da CTE Felton.
Na sexta-feira, López Valdés anunciou "medidas emergenciais" em várias unidades termoelétricas que sofreram avarias. O diretor atribuiu os apagões severos ao estado das termoelétricas, às altas temperaturas e ao aumento da demanda no setor residencial devido à aquisição de muitos equipamentos de climatização e motos elétricas.
A crise energética mantém o povo em um perpétuo desconforto, com cortes de eletricidade que chegaram a superar as 14 horas em algumas localidades. O governante Miguel Díaz-Canel teve que admitir que os cortes de eletricidade dos últimos dias têm sido "terríveis".
Os apagões têm sido terríveis, até 20 horas, mas isso será resolvido. Existem usinas em manutenção e essa tem sido a estratégia para evitar que haja problemas no verão", disse o mesmo governante que, em agosto de 2022, divulgava sua estratégia para minimizar os apagões antes do final daquele ano e prometia estabilidade no fornecimento de eletricidade para 2023.
Agora, em meados de maio de 2024, Díaz-Canel repete seu discurso como se os cubanos retivessem em sua memória os apagões da última semana. Segundo o ocupante do Palácio, é preciso explicar a situação "para que as pessoas saibam que existe uma situação desconfortável, mas temporária".
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