O pai do jovem de 18 anos, Lester Domínguez Ortiz, que foi atacado a machetadas durante um roubo com violência em 2023 na província de Holguín, denunciou que as autoridades se negaram a vender-lhe nesta terça-feira o combustível necessário para o gerador de sua casa.
Dennis Domínguez explicou no Facebook que a recuperação de seu filho requer o gerador para a ventilação, o colchão antideslizante e a preparação de seus alimentos, o que lhe causa angústia diante da indiferença do governo na localidade de San Germán, situada no município de Urbano Noris.
O pai aflito explicou que a recusa na venda de gasolina se devia ao fato de que "era a vez dos motores (meio de transporte)", e a solução proposta pela pessoa responsável era que "se quiséssemos, teríamos que trazer um motor" para comprar o combustível.
"É assim que funciona este sistema burocrático: primeiro o transporte e depois, no dia em que o programarem, para um paciente que está acamado", denunciou com raiva, pois a falta de combustível compromete a complexa recuperação de seu filho.
Por último, ele disse que o jovem passou uma semana com sua família em Holguín, uma estadia que se tornou difícil quando Lester ficou deprimido, recusando-se a comer por um dia e meio.
Relatou que o fator desencadeante foi um momento em que familiares questionaram sua disposição em viver permanentemente nessas condições, o que deixou o jovem angustiado.
Em ocasiões anteriores, a recuperação de Lester foi prejudicada por apagões. Poucas horas após receber alta médica em 2023, o jovem precisou ser transferido novamente para o hospital devido aos cortes de eletricidade na cidade de San Germán, onde reside.
"Hoje o temos no hospital porque não há energia em San Germán, estão cortando a eletricidade das 6 da tarde até a meia-noite, e isso dificulta a sua evolução", explicou o pai.
Desde o trágico assalto ocorrido em março de 2023, o jovem Lester Domínguez tem enfrentado um processo de recuperação lento e difícil, marcado por diversas recaídas em sua saúde e estado emocional.
Em meados de maio, o pai pediu ajuda para tratar uma úlcera que havia surgido no garoto. Nessa época, Lester já passava horas sem ventilação artificial, a febre havia desaparecido e os parâmetros sanguíneos estavam corretos.
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